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Pela primeira vez, genoma completo de hominino pré-historico é obtido
Bruno Maçães
Cientistas do Instituto Max Plank de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha, completaram um sequenciamento de alta precisão do genoma de uma subespécie pre-histórica de humanos.
Em 2010, uma versão preliminar deste genoma havia sido publicada, a partir de DNA obtido do osso de um dedo encontrado na caverna de Denisova, na Sibéria, Rússia.
Instituto Max Plank de Antropologia Evolutiva |
A caverna de Danisova, na Sibéria. |
Instituto Max Plank de Antropologia Evolutiva |
Arqueólogos trabalhando no local. |
Desde então, a equipe de cientistas, liderada pelo sueco Svante Pääbo, desenvolveu novas técnicas que permitiram sequenciar cada posição do genoma aproximadamente 30 vezes, utilizando DNA retirado de menos de 10 miligramas do osso. “Ele tem menos erros que a maioria dos genomas de pessoas contemporâneas já sequenciados”, disse Matthias Meyer, que desenvolveu essas técnicas.
O osso encontrado vem de uma camada da caverna com 50 a 30 mil anos de idade. A caverna possui camadas ocupadas por humanos “arcaicos” desde 280 mil anos.
Em 2010, o grupo havia revelado que o genoma pertencia a uma subespécie humana completamente nova, prima dos Neandertais. Essa subespécie, chamada de Danisovana, complica ainda mais a história evolutiva humana.
Em 2009, o mesmo grupo havia revelado que todos os seres humanos, com exceção do africanos, herdaram cerca de 4% de genes dos Neandertais. Ou seja, depois que os humanos modernos deixaram a África, eles encontraram outros humanos mais primitivos vivendo fora dela, e houve um certo grau de cruzamento entre as subespécies.
Também possuímos cerca de 1,8% de genes em comum com os Danisovanos. Porém, a equipe de Pääbo acredita que isto se deve à similaridade entre o genoma de Danisovanos e Neandertais, que tiveram parentesco mais próximo entre si do que com humanos modernos.
Porém, uma análise do genoma de 53 populações humanas revelou que uma delas, a dos melanésios, provavelmente herdou diretamente genes dos Danisovanos. Houve, portanto, cruzamento entre os acestrais dos melanésios (que já haviam herdado genes Neandertais anteriormente) e os Danisovanos.
O genoma preliminar, obtido em 2010, foi suficiente para estabelecer estas relações de parentesco entre as subespécies. Porém, ele não permitia que o estudo da evolução de partes específicas do genoma.
Agora, é possível identificar até mesmo as pequenas diferenças entre versões do mesmo gene obtidos do pai e da mãe do indivíduo cujo DNA foi sequenciado. “Esperamos que os biólogos sejam capazes de usar este genoma para identificar mudanças genéticas que foram importantes no desenvolvimento da cultura e tecnologia humana modernas, e que possibilitaram que os humanos modernos saíssem da África rapidamente e se espalhassem pelo mundo, há cerca de 100 mil anos”, disse Pääbo.
Também se espera que o genoma completo revele novos aspectos da história de Danisovanos e Neandertais.
O grupo publicará seus resultados no final do ano, mas o sequenciamento já está disponível para os interessados.
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