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CONFIRA NA EDIÇÃO DO MÊS: Edicao nº 388 - Fevereiro de 2012
Trocando DNA
MICROBIOLOGIA
Bruno Maçães
Porquê a resistência a antibióticos se alastra rápido entre bactérias
Bjorn Norberg |
Na figura, o plasmídeo azul se encontra com o vermelho, trocando genes com ele e gerando um novo plasmídeo, composto por genes das duas bactérias. Ao ser inserido numa terceira bactéria, o plasmídeo contém genes adaptados a diferentes espécies. |
A crescente resistência das bactérias a antibióticos é um problema cada vez mais preocupante no mundo. Diversas cepas de bactéria sobrevivem bem, não apenas a um tipo de antibiótico, mas a vários. Há algum tempo sabe-se que estes micróbios adquirem resistência rapidamente porque, ao contrário de organismos maiores, eles podem trocar pequenos anéis de DNA entre si, chamados plasmídeos. Esse método de troca de material genético é chamado de transferência horizontal de genes (a transferência vertical, mais comum, se dá de pais para filhos). A troca horizontal acontece não apenas entre organismos da mesma espécie, mas também entre espécies bem distintas. Se uma espécie desenvolve resistência a uma substância, ela pode transferir o DNA responsável por esta característica para outra espécie.
Cientistas na Suécia descobriram porque os plasmídeos são mestres em se mover entre diferentes grupos de bactérias e se adaptar a espécies muito difetentes. Eles investigaram 25 genomas da família de plasmídeos IncP-1, uma dos responsáveis pela resistência a antibióticos, e descobriram que os mesmos se recobinaram, o que significa que cada plasmídeo é uma mistura de genes provenientes de várias bactérias. Ao passar de espécie para espécie, um plasmídeo pode incorporar genes de cada tipo de bactéria por onde esteve. O resultado é um plasmídeo com adaptações a várias espécies. Isso facilita sua mobilidade, além de possibilitar a união de vários genes de resistência em um único plasmídeo.
O estudo, publicado por pesquisadores da Universidade de Gothenburg e da Universidade de Tecnologia Chalmers, foi publicado em 25 de janeiro na revista Nature Communications
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