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Trocando DNA

11/02/2012
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MICROBIOLOGIA

Bruno Maçães

Porquê a resistência a antibióticos se alastra rápido entre bactérias

 

     Bjorn Norberg

Na figura, o plasmídeo azul se encontra com o vermelho, trocando genes com ele e geran­do um novo plasmídeo, composto por genes das duas bactérias. Ao ser inserido numa terceira bactéria, o plasmídeo contém genes adaptados a diferentes espécies.

A crescente resistência das bac­térias a antibióticos é um pro­blema cada vez mais preocupante no mundo. Diversas cepas de bac­téria sobrevivem bem, não apenas a um tipo de antibiótico, mas a vários. Há algum tempo sabe-se que estes micróbios adquirem resistência ra­pidamente porque, ao contrário de organismos maiores, eles podem tro­car pequenos anéis de DNA entre si, chamados plasmídeos. Esse método de troca de material genético é cha­mado de transferência horizontal de genes (a transferência vertical, mais comum, se dá de pais para filhos). A troca horizontal acontece não apenas entre organismos da mesma espécie, mas também entre espécies bem dis­tintas. Se uma espécie desenvolve re­sistência a uma substância, ela pode transferir o DNA responsável por esta característica para outra espécie.

Cientistas na Suécia descobriram porque os plasmídeos são mestres em se mover entre diferentes grupos de bactérias e se adaptar a espécies muito difetentes. Eles investigaram 25 genomas da família de plasmíde­os IncP-1, uma dos responsáveis pela resistência a antibióticos, e descobri­ram que os mesmos se recobinaram, o que significa que cada plasmídeo é uma mistura de genes provenien­tes de várias bactérias. Ao passar de espécie para espécie, um plasmídeo pode incorporar genes de cada tipo de bactéria por onde esteve. O re­sultado é um plasmídeo com adap­tações a várias espécies. Isso facilita sua mobilidade, além de possibilitar a união de vários genes de resistência em um único plasmídeo.

O estudo, publicado por pesquisado­res da Universidade de Gothenburg e da Universidade de Tecnologia Chal­mers, foi publicado em 25 de janeiro  na revista Nature Communications 

TAGS: microbiologia, resistencia a antibioticos, plasmideos

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Neste colóquio será abordado o estudo de interações entre  nanopartículas poliméricas e metálicas com biomoléculas (proteínas,  anticorpos, membranas e células), com ênfase no potencial destes nanobiocompósios para o diagnóstico e tratamento de doenças, incluindo  doenças infecciosas e câncer.


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